Numa fase da vida em que a estética corporal assume uma importância muito grande, os adolescentes são atormentados pela acne, representada pelo conjunto de cravos, espinhas, cistos, caroços, pápulas, pústulas, cicatrizes e outras lesões da pele muito comuns nessa fase da vida.
Ninguém quer olhar-se no espelho e ver a imagem de um rosto cheio de espinhas. Muitos menos adolescentes, que já têm de lidar com um monte de transformações corporais e psicológicas por conta dos hormônios que afloram com tudo nessa fase da vida. A acne é um problema que hoje atinge 18 milhões de jovens brasileiros, entre 13 e 18 anos, conforme registros da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A angústia por ter o corpo invadido por espinhas acarreta em muitos adolescentes uma postura mais retraída no convívio social. Alguns recusam-se até a sair para baladas, festinhas, shoppings, com receio de sofrer constrangimento público. Ficam com medo de passar pela sensação de serem rejeitados pela aparência. Em outras ocasiões, fogem da crueldade de colegas, que colocam neles apelidos grosseiros. Um tratamento com orientações corretas pode alterar esse panorama, e também melhorando sua auto-estima.
As especialistas explicam que um total de 85% dos registros de acne são de manifestações simples, espinhas pequenas. Estas são consideradas mais fáceis de lidar. Isso porque a acne é mais comum no rosto, mas pode surgir também no pescoço, no peito, nas costas, nos ombros, nos braços. Somente cerca de 15% dos adolescentes vão manifestar a acne inflamatória, com lesões mais intensas que demandam maior esforço no controle. E um tempo mais prolongado para se obter resultados satisfatórios. Daí a importância da ajuda de um dermatologista. No combate às espinhas, não vale recorrer a fórmulas mágicas.
As áreas da pele mais afetadas são o rosto, a parte superior do peito, ombros e as costas. Há diferentes graus de acne e para cada um deles existe um tipo de tratamento.
Grau 1 - Os cravos são mais fáceis de serem tratados, eles são um acúmulo do sebo produzido pelas glândulas sebáceas. Por serem de grau 1, uma limpeza de pele ou esfoliação já resolve. Tratamentos com ácidos também podem ser indicados.
Grau 2 - As glândulas sebáceas localizadas na parte mais profunda da pele secretam o sebo que se acumula facilitando infecção por bactéria que inflamam a pela, podem surgir espinhas com pus, atingindo o grau 2.
Grau 3 - É o mais intenso, aparecem nódulos mais profundos, avermelhados e bem inflamados.
Grau 4 - É o mais preocupante, pois as espinham podem se transformam em abscessos e cistos purulentos, muito doloridos requerendo um tratamento especial.
Para todos os tipos de acne, existem tratamentos eficazes e quanto mais cedo são iniciados, menores serão os danos à pele, mas independente do tratamento a ser adotado a prática de espremer as espinhas, muito comum entre os adolescentes, não deve ser realizada pois além de espalhar as bactérias na pele, causa cicatrizes profundas.
Algumas dicas para quem sofre com Acnes:
- Lavar o rosto duas vezes ao dia é indispensável. O uso de sabonetes neutros e esfoliantes reduzem a oleosidade
- Mantenha uma alimentação equilibrada, livre de gorduras também é essencial para a saúde da pele
- Evite a exposição ao sol. Inicialmente, os raios ultravioletas melhoram a aparência da acne, porém depois podem piorar o quadro.
- Consulte seu dermatologista para indica os melhores tratamentos!
- Geralmente o laser é indicados para a diminuição inclusive das cicatrizes
Nada de seguir receitinhas indicadas pelo amigo do amigo. Nem adotar manipulações caseiras. E muito menos espremê-las. Aliás, nestes casos, o problema pode ser agravado, causando sérios danos à pele - As cicatriz da acne.
Tratamento da cicatriz da acne
É possível usar certos procedimentos para diminuir as cicatrizes deixadas pela acne. Veja:
- Preenchimento facial com ácido hialurônico
- Peelings químicos
- Dermoabrasão
- Microdermoabrasão
- Laser e tratamentos de radiofrequência
- Microcirurgias para retirar as cicatrizes de acne