Gordura Perigosa
A gordura localizada no abdômen é considerada um fator de alto risco para diversas morbidades e se encontra associada a efeitos deletérios tais como: Níveis altos de triglicerídeos, contribui para elevar os níveis de colesterol ruim (LDL), reduzir os níveis do bom colesterol (HDL), resistência à ação da insulina e consequente elevação dos níveis glicêmicos (Diabetes), aumento da gordura hepática, prejudicando a formação de hormônios, vitaminas e substâncias que atuam no metabolismo das gorduras, e também hipertensão arterial como consequência do aumento da viscosidade do sangue são exemplos do que esta gordura pode causar no organismo.
Localização
Existe dois tipos de gordura abdominal, a subcutânea, que se localiza a frente dos músculos abdominais, e a visceral, que se acumula entre as alças intestinais e órgãos internos como o fígado.
Nos homens a gordura abdominal (intra-abdominal) está localizada atrás do músculo reto abdominal, dando a falsa impressão de aquela proeminência ser determinada por músculos, mas não é. Esse tipo de gordura também afeta mulheres depois da menopausa.
O Risco da Gordura Abdominal
A gordura abdominal não pode ser retirada por lipoaspiração por estar dentro do abdômen e envolver as vísceras do aparelho digestivo.
Essa gordura aumenta o nível de ácidos graxos livres na circulação próxima ao fígado e leva a uma resistência à insulina. Com isso, para manter normal a glicose do individuo, o pâncreas é obrigado a produzir insulina em excesso. Esse processo pode conduzir ao diabetes.
O aumento do nível dos ácidos graxos provoca também uma disfunção do endotélio, que é uma espécie de capa de revestimento das artérias, produzindo substâncias relacionadas à dilatação e à construção dos vasos. Com a disfunção, a pressão arterial aumenta e os vasos sofrem alterações que favorecem sua obstrução.
A soma dessas reações do organismo causa a síndrome metabólica, um conjunto de alterações que traz riscos ao coração.
As Causas
O abdômen é a parte do corpo com maior quantidade de células gordurosas (adipócitos), por isso tem tendência a crescer mais. Eis algumas causas externas:
- Má alimentação, como excesso de alimentos gordurososa
- Ausência de frutas, verduras e legumes
- Falta de atividade física - Os músculos do abdômen não criam resistência ao estomago e outros órgãos, que se projetam para frente
- Cigarro - A nicotina e o alcatrão favorecem a formação de gordura; e
- Bebidas alcoólicas fermentam com facilidade no estomago, fazendo com que ele se dilate. Esse processo propicia o acúmulo de gordura.
As consequências
- Problemas de colun
- Pressão alta
- Acidente vascular cerebral (derrame)
- Infarto e outros problemas cardíacos
- Câncer nos órgãos afetados pelo excesso de gordura
- Colesterol alto
- Artrite
- Diabetes
- Problemas respiratórios
- Ronco
- Riscos com anestésicos em operações
- Alterações menstruais nas mulheres.
Como prevenir
Para saber se a gordura abdominal está comprometendo sua saúde, o cardiologista orienta: Meça sua cintura com uma fita métrica. Para as mulheres o ideal é que não ultrapasse os 88cm, e os homens 102cm. Caso exceda, existe um risco para desenvolver os males relacionados a este tipo de gordura, e é indicado ficar alerta e buscar a redução por meio de dieta e exercícios.
Para uma análise completa, a medida do tecido adiposo visceral pode ser medida por métodos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, porém esses métodos tem um custo elevado, A medida pela fita métrica calculada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca é um método simples e confiável.
O tratamento desta síndrome se inicia com mudanças de estilo de vida, visando à perda de peso, A dieta deve ser hipocalórica, por exemplo, a Mediterrânea. Com a devida orientação profissional ela libera o consumo de sementes como nozes, castanhas e amêndoas, proteínas animais, carnes magras de peixe e frango, vegetais, evitando carboidratos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Para quem já apresenta doenças oriundas deste quadro inflamatório, há a necessidade de um tratamento farmacológico para cada enfermidade", finaliza o profissional.
Dieta para perder gordura abdominal
A dieta para perder gordura abdominal tem de ser pobre em calorias e por isso, as frutas cítricas, como a laranja ou o kiwi, devem fazer parte da alimentação, uma vez que são hipocalóricas e ricas em água.
Na dieta para perder gordura abdominal, os alimentos fonte de hidratos de carbono, como o arroz, a massa ou o pão, não devem ser excluídos, mas consumidos em pequena quantidade e na versão integral.
Além disso, na dieta para perder gordura abdominal deve-se evitar alimentos como:
- Frituras, Bolos, Queijos amarelos;
- Molhos, Sorvete, Balas;
- Bebidas alcoólicas e Refrigerantes.
- Para complementar a dieta e ganhar massa magra deve-se ingerir alimentos ricos em proteína, como ovo, atum ou frango, por exemplo.