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Quinta, 05 Setembro 2019 00:00

Autoestima e a Depressão

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Autoestima e a depressão possuem um vínculo significativo. Embora a origem de uma depressão seja claramente multifatorial, alguns estudos clínicos revelam que uma baixa autoestima mantida ao longo do tempo nos torna muito mais vulneráveis a esse tipo de condição.

O fato de não nos aceitarmos e não termos sentimentos positivos em relação ao nosso próprio ser acaba nos deixando sem recursos psicológicos.

Entendemos a autoestima como um conjunto de sentimentos que geram o autoconceito. Dessa forma, enquanto o autoconceito abrange basicamente todo esse conjunto de ideias e crenças que definem a imagem mental de quem somos, a autoestima é, acima de tudo, um componente emocional básico para o bem-estar humano.

A questão é: a autoestima é um fator capaz de provocar a depressão? Ou é a própria depressão que acaba prejudicando a autoestima?

Muitas vezes nos levantamos, tomamos o café da manhã e saímos sem saber que estamos nus. Não importam as roupas que estamos usando ou a marca do jeans ou camiseta se todos os dias enfrentamos o mundo com uma baixa autoestima. Porque através das suas pequenas aberturas e frágil armadura entra tudo: abuso, medo, insegurança, negativismo…

As depressões geralmente têm uma origem bastante difusa e multifatorial, sem esquecer os fatores endógenos que nem sempre conseguimos controlar. No entanto, ninguém pode ignorar que toda mente revestida pela baixa autoestima resulta em uma baixa efetividade para enfrentar e gerenciar os problemas mais simples. Além disso, a pessoa com baixa autoestima observa o mundo através de lentes muito escuras.

De acordo com o modelo da vulnerabilidade, existem pessoas com um perfil de personalidade caracterizado por uma baixa autoestima. Segundo esse ponto de vista, esse padrão psicológico processará os acontecimentos da vida de maneira negativa. Da mesma forma, também faltará uma habilidade tão básica quanto a resiliência.

  • Elas mesmas são as criadoras de uma realidade da qual precisam se defender, da qual desconfiam, e se posicionam sempre como vítimas ou atores coadjuvantes, em vez de serem protagonistas das suas próprias histórias, merecedoras de oportunidades e promotoras de mudanças positivas com as quais superar os eventos negativos.

  • Além disso, os autores deste trabalho puderam constatar que, em muitos casos, as pessoas com baixa autoestima tentavam não contestar, mas focar no seu autoconceito negativo, prestando mais atenção e relevância aos comentários negativos das pessoas do seu ambiente.

Agora vamos para a visão oposta. De acordo com o estudo acima mencionado, algo que também pode ser visto no estudo longitudinal é que a própria depressão frequentemente pode moldar a baixa autoestima. Toda essa gama de sentimentos desesperados, negativos e desgastantes que orbitam na mente depressiva são aqueles que minam diretamente a autoestima.

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